Sob o véu pesado de um céu nublado, estive ausente, como uma ave ferida que encontra refúgio em galhos altos, longe do mundo. A febre queimava como fogo em um bosque frio, e os dias se dobraram sobre si mesmos, silenciando a caneta que dança no papel. Hoje, porém, o vento mudou. A tempestade que me envolvia começa a ceder, e a luz dourada do sol desponta no horizonte, prometendo dias mais serenos. Retorno com o coração renovado, pronto para costurar novas histórias e reacender a chama que nos une. Peço, com a humildade de quem foi acolhido pela noite, que compreendam meu silêncio — um silêncio que agora se despede, dando lugar ao som vibrante de páginas virando. Obrigado por esperarem; o ritmo, enfim, se alinhará ao compasso do tempo.