A noite estava silenciosa, exceto pelo som distante dos carros passando na rua abaixo. No apartamento de Alan, a tensão era palpável. Ele se sentava no sofá, segurando um copo de uísque quase intocado, encarando a janela como se as luzes da cidade pudessem lhe dar as respostas que procurava. Mas nenhuma luz ou pensamento conseguia afastar o turbilhão em sua mente.
Aquela não era a primeira vez que ele ensaiava uma conversa com Olívia, mas algo dentro dele dizia que, desta vez, não podia mais fugir. A lembrança do beijo, dos olhares trocados, dos momentos em que ela parecia ser a única pessoa capaz de entender quem ele realmente era, assombrava-o a cada instante.
Ele pegou o celular e hesitou. Respirou fundo e, finalmente, enviou uma mensagem.
— Alan: Preciso falar com você. Pode vir aqui?
A resposta de Olívia veio quase instantaneamente.
— Olívia: Isso não é uma boa ideia, Alan.
Mas Alan estava decidido.
— Alan: Por favor. Só quero conversar.
Após alguns minutos de silêncio, a respost