KARINA
Saí do estacionamento do supermercado pisando fundo no acelerador, como se fugisse do diabo. Meu coração estava mil por hora e meu corpo parecia estar em brasa. Marcos faz com que me comporte como uma louca. Quando parei em frente ao centro infantil, levei alguns minutos a sair do carro. Tinha que voltar a mim.
Chegamos a casa, tratei logo de a por no banho. Depois de lutar com ela para escolher um pijama e servir-lhe um lanche, liguei para Diana.
— Alô! — Ela atendeu logo no primeiro toque.
 — Oi. Como estás?
 — Estou bem. E tu?
 — Preciso de um conselho — Falei sem perder tempo.
 — Hum... Marcos ainda? — Diana questiona.
 — Sim, mas tem haver com Kayla. Ele quer Kayla no seu jantar de noivado.
 — Ok. E tu?
 — Não sei o que pensar. Não confio nele.
 — Seria uma boa maneira de testar se as intenções dele são genuínas. Em ambiente fechado ele pode fingir bem. No meio dele, entre várias pessoas, pode ser que a verdade se revele. E também poderias ver a interação de Kayla com a fut