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Eu saí e quase babei sobre a vista. A mansão na minha frente era linda. Era um espetáculo para ser visto. Havia um pequeno lago de um lado e um grande gramado. A casa em si era enorme. Adrian pegou a minha mão na sua e eu ohei para ele confusa, até perceber. Ah, o nosso papel...

— Ah, e Jenny? — Adrian sorriu quando entramos na casa. Dei-lhe um olhar interrogativo. — Você não tem que se fingir de difícil. Basta pensar em todas as fantasias que você teve sobre mim. Como eu sou irresistível, como eu sou sexy... — Ele parou.

Eu não sabia se devia rir, chorar ou dá-lhe um tapa. Eu resolvi então apenas bater no seu braço, fazendo-o rir.

— Adrian? — Uma mulher gritou e ele imediatamente colocou o braço em volta de mim. Uma mulher que parecia ter passado por uma cirurgia que correu mal entrou na sala. Eu desviei o olhar, não confiando em mim mesma para não rir. Agora eu entendia o que Adrian queria dizer com as cirurgias.

— Senti tanto a sua falta! — Ela exclamou. — Venha e dê um abraço na sua mãe.

Adrian desprendeu do braço do meu e abraçou a mãe. Eu sorri para eles. O carinho que tinha por Adrian era evidente na forma como ela olhou para ele. Ela segurou-o no comprimento dos braços e examinou-o.

— Você precisa comer, querido. Você está muito magro! — Ela repreendeu o filho como só uma mãe faria.

Adrian desviou o olhar emburrado, completamente envergonhado. Eu realmente não entendia como sua mãe coruja poderia não saber que ele era gay.

— Jennifer! — Sua mãe exclamou, me puxando para um abraço. Eu tinha conhecido a mãe de Adrian uma vez antes desta, e acredito que ela não pensou muito bem de mim. Até que ela percebeu que eu não tinha ideia sobre a linhagem de Adrian ou sua riqueza.

— Olá, Sra. Lawrence. — Eu a cumprimentei.

Ela se afastou com um sorriso no rosto.

— Não me chame de Sra. Lawrence, você me faz sentir velha. Me chame de Marie.

Eu sorri para ela, esgueirando um olhar para Adrian, que estava olhando para o seu celular e sorrindo, fazendo com que eu me perguntasse o que ele estava olhando.

— Oh, olhe. Pierre está aqui. — Marie anunciou e eu virei.

Meu queixo caiu no chão enquanto meus olhos focavam o homem que ela anunciara. Se eu achava que Adrian era um homem lindo do caralho, este então... era a encarnação de Adônis.

Olhei embasbacada para o Adônis à minha frente. Ele era absolutamente exuberante. Tinha o cabelo preto manchado de tinta que parecia despenteado. Sua mandíbula era perfeitamente definida, com o rosto esculpido. E olhos azuis tão escuros quanto o mar à noite. Antes que eu pudesse completar minha inspeção do resto do corpo dele, Marie falou.

— Oh, querido, você está aqui! Eu estava prestes a chamá-lo.

Querido? Virei-me para Adrian, que estava me observando com interesse. Dei-lhe um olhar sacana, sabendo o que estava acontecendo na sarjeta da sua mente.

— Nem sequer pense que eu... — Eu assobiei e ele me puxou para mais perto dele.

— Pense no quê? — Ele disse tão alto que o rosto da sua mãe se virou para nós. Corei e olhei para Adrian. Ele realmente sabia como testar meus nervos.

— Mãe. — O Adônis disse com uma voz de bajulação enquanto abraçava Marie.

Ele deu uma olhada em nós, então seu olhar viajou até onde o braço de Adrian estava na minha cintura. Instintivamente, eu aproximei-me de Adrian fazendo-o olhar para mim interrogativamente. Eu balancei a cabeça, dando-lhe um pequeno sorriso. Marie liberou o filho quando cansou-se de abraçá-lo. Ela virou-se para nós depois.

— Oh! — Ela exclamou. — Que rude eu sou! Pierre, querido, esta é Jennifer, a namorada do Adrian. Jennifer, este é Pierre, irmão mais velho do Adrian.

Eu dei a Pierre um pequeno sorriso, enquanto Adrian moveu a mão longe da minha cintura e abraçou o irmão.

— Como você está? — Pierre perguntou ao Adrian.

Adrian sorriu e eu vi a reverência que ele tinha com o seu irmão, fazendo-me perguntar por que ele tinha esse tipo de reverência.

— Estou ótimo! E você?

Ele voltou para trás e colocou a mão na minha cintura novamente.

— Perfeito! Vejo que você tem uma namorada. Há quanto tempo vocês estão saindo?

— Seis meses. — Adrian anunciou.

— Isso é bom. — Pierre disse, mas seu tom de voz mostrou que isso não era bom em tudo. Então ele virou-se para mim. — Então, quanto tempo antes de fugir com o dinheiro dele?

O que eu fiz me surpreendeu. Minha mão acertou o seu rosto tão rápido que ele pareceu absolutamente atordoado.

— Eu não dou a mínima para o dinheiro do Adrian. — Eu assobiei com raiva. — Eu não sei o que você pensa das mulheres, mas deixe-me assegurá-lo, eu não levaria um centavo de Adrian, caso um dia tivéssemos um fim.

Saí da casa, fumegante. Eu não podia acreditar o quão casualmente ele me fez a pergunta. Como se ele estivesse falando sobre a porra do tempo! Eu não sabia onde eu estava indo, mas eu sabia que não ficaria hospedada em uma casa onde todos pensavam que eu era uma espuma de lavagem de dinheiro. Eu ouvi Adrian chamar atrás de mim e, mesmo sem querer eu parei.

Eu não virei. Adrian ficou na minha frente, ofegante. Ele olhou para mim se desculpando. — Eu sinto muito Jenny! Pierre exagerou, eu sei. Ele normalmente não é assim.

— Eu não posso acreditar que ele me perguntou se... — Eu engasguei. — Responda-me, Adrian Lawrence. Eu pareço com a porra de uma mulher que ficaria com alguém só pelo dinheiro?

Adrian suspirou. Ele sabia como o tema era delicado para mim.

— Você é forte e pode lidar com qualquer coisa. Você não é uma vadia dessas.

Eu podia sentir meu interior se quebrando.

— Então por que...?

Adrian me deu um sorriso triste.

— Você tem que entender, Jenny. Quando as pessoas têm dinheiro, há outras pessoas que descem a qualquer nível para pegar, pelo menos, uma parte do dinheiro.

— Mulheres. — Afirmei categoricamente e ele concordou.

— Se você quiser ir, eu posso entender. Eu vou reservar o próximo voo e nós podemos ficar em um hotel até então.

Eu balancei minha cabeça.

— Eu não vou embora. Esta é a sua família e eu não posso deixar você interromper uma visita por minha causa. Você estava ansioso para isso e eu não vou estragar tudo por causa de um comentário estúpido.

— Certo. — Adrian suspirou como se estivesse procurando as palavras certas. — Basta ficar longe do Pierre, certo?

Eu ri. — Não se preocupe. Eu estava planejando isso. E eu sinto muito por sair daquele jeito.

Adrian me puxou para um abraço e beijou o meu cabelo.

— Está tudo bem, eu sinceramente não esperava que você ficasse. Você é a melhor amiga que uma pessoa poderia pedir.

Eu me afastei e sorri para ele.

— Claro que eu sou, eu sou absolutamente incrível.

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