(Miguel)
Eu estava saindo do hospital praticamente às pressas. Tinha que dar tempo de me arrumar e ir para a festa de Perla.
Queria muito estar com Patrícia, aproveitar um momento mais leve, longe da correria e dos problemas do dia a dia.
Mas assim que entrei no carro, meu celular começou a tocar. Olhei para a tela e vi o nome de Natália.
Suspirei, sentindo uma mistura de frustração e preocupação. Não era o melhor momento para lidar com mais um problema.
Decidi ignorar a ligação. Liguei o carro, tentando focar no que estava por vir. Mas as chamadas continuaram, uma após a outra. Natália não desistia.
Já impaciente, e ao mesmo tempo preocupado, cedi. Parei o carro no acostamento e atendi a ligação, indo direto ao ponto:
— Natália, o que foi? Aconteceu alguma coisa?
Do outro lado da linha, o choro dela era evidente. Meu coração apertou, já me preparando para o pior.
— Miguel, a minha mãe... Ela desmaiou! Eu não sei o que fazer, ela não acorda de jeito nenhum! — Natália disse entre s