(Patricia)
O sábado finalmente chegou, e eu estava concentrada em encher as bexigas que faziam parte da decoração do aniversário de Perla.
As cores vibrantes delas contrastavam com a tensão que eu sentia toda vez que meu celular tocava. Claro, era Diego.
Quando o som irritante começou a tocar de novo, respirei fundo e desliguei sem nem olhar para a tela.
Perla, que estava cuidando de outra parte da decoração, notou meu gesto e perguntou com uma expressão preocupada:
— Diego ainda continua com as ligações?
Assenti, sentindo o peso da situação em meus ombros.
— Continua, sim... Eu já não aguento mais. Eu e Miguel fomos na delegacia dar queixa, mas eles disseram que com essas ligações, não poderiam fazer muito.
Perla bufou, claramente frustrada.
— Eles não fazem é nada! — ela disse, com raiva.
Sorri, tentando aliviar o clima.
— Esquece esse assunto, Perla. Hoje é o seu aniversário. Vamos focar nisso, tá?
Nesse momento, a campainha tocou. Perla correu para abrir a porta, e eu continuei