(Patrícia)
Passei a noite resmungando, me virando de um lado para o outro na cama, tentando ignorar os gemidos e os sons da cama se movendo vindos do apartamento de cima. A cada som mais alto, meu desconforto aumentava. Finalmente, sento na cama e suspiro pesadamente.
— Será que eles não têm vergonha? — murmuro para mim mesma, irritada.
Fecho os olhos, tentando me concentrar em qualquer outra coisa, mas a realidade é implacável.
Os gemidos continuam, interrompendo qualquer esperança de uma boa noite de sono. A frustração aumenta e, conforme a noite avança, percebo que não vou conseguir dormir.
Olho para o relógio ao lado da cama: 3:45 da manhã. A academia está marcada para cedo, e cada minuto sem dormir me faz sentir mais cansada.
O tempo passa lentamente. As horas se arrastam, e eu mal consigo fechar os olhos. Quando finalmente amanhece, me sinto exausta e abatida.
A luz da manhã entra pelas frestas da cortina, e sei que é hora de me levantar. Preciso ir à academia.
Levanto-me da