O dia seguinte à festa foi de silêncio. A casa ainda carregava vestígios do aniversário de Amaya: balões murchando nos cantos, uma lembrancinha esquecida no jardim, e o cheiro doce do bolo ainda presente no ar. Mas o que realmente pairava era o peso das impressões deixadas.

Natalie desceu as escadas com Amaya no colo, encontrando os pais já sentados na varanda, tomando café. Helen estava com uma expressão pensativa, enquanto Ethan parecia mais fechado do que de costume.

— Dormiram bem? — perguntou ela, tentando soar leve.

— Dormimos, sim — respondeu Helen, com um sorriso breve. — E você?

Natalie assentiu, mas sabia que não havia escapado ao olhar mais atento da mãe. Helen tinha aquele talento incômodo de perceber quando algo estava errado, mesmo sem palavras.

— Posso? — perguntou Ethan, estendendo os braços para segurar Amaya. A pequena foi para o colo do avô sem hesitar, rindo das caretas que ele fazia. Era a primeira vez que Natalie via o pai interagindo com uma criaça. E,