No hospital.
Quando Florence acordou, tudo ao seu redor parecia envolto em escuridão. O medo tomava conta dela, e sua respiração estava acelerada. Ela percebeu movimentos próximos e gritou, desesperada:
— Quem está aí? Quem está aí?
Sua voz saiu rouca, quase irreconhecível. Ela agarrou o que conseguiu alcançar com as mãos e arremessou na direção dos sons, seu desespero congelando todos que estavam na sala.
Ouviu-se um soluço abafado antes de uma figura correr até ela.
— Flor! Flor! Sou eu! O que está acontecendo com você? — Era Lyra, que se aproximava com o rosto cheio de lágrimas.
Florence parou com a mão suspensa no ar, a respiração irregular.
— Mãe, você… Onde está? Por que eu não consigo te ver?
Os olhos de Lyra se arregalaram, e ela deixou de lado o choro imediatamente.
— Flor! Não assuste sua mãe assim!
Florence olhava para o vazio, seus olhos completamente sem foco. Sua voz saiu trêmula:
— Mãe…
A sala mergulhou em um silêncio assustador. Lyra, tomada pelo