Por um momento, ele não conseguiu reconciliar a mulher diante dele, que havia repreendido duramente uma criança, com a imagem da garota em suas lembranças.
— Vincenzo? Quando você chegou? Eu nem percebi. — Disse Elena ao notar sua presença. Sua raiva desapareceu instantaneamente, substituída por um sorriso suave e treinado, um contraste gritante com seu comportamento anterior.
Vincenzo a olhou novamente, um leve traço de confusão em seu olhar.
— Eu ouvi o barulho e vim verificar. Você está bem, Elena?
— Estou bem. — Ela descartou com um gesto, o tom suave.
— Só um pequeno acidente. Uma criança malcriada arruinou meu vestido. Vou apenas trocar pelo meu vestido reserva. Você espera aqui por mim? — Ela esticou a mão para, aparentemente de forma afetuosa, ajustar sua gravata.
— Tudo bem. — Vincenzo assentiu, a voz um pouco baixa.
Ele observou Elena se afastar, sua sobrancelha franzindo quase imperceptivelmente.
Por alguma razão, ele sempre sentia que Elena parecia distante. Não era