Assim que terminamos o desjejum, Matteo me arrastou para dentro do escritório.
Mal fechou a porta atrás de si, e já foi me interrogando.
— Cinthia, o que foi isso? Quer me explicar por que não me deixou dispensar a Silla? Uma mulher, que até ontem você odiava!
Eu suspirei, enquanto pegava um fôlego. Era o tempo suficiente para encontrar um argumento convincente.
— Vocês homens não conseguem entender.
Matteo cruzou os braços na minha frente. Ficou me olhando atento, disposto a arrancar de mim uma confissão de arrependimento, ou coisa parecida.
— Ficamos amigas, Matteo. Conversamos e chegamos num acordo, foi isso.
— Simples assim?— ele se recusava a acreditar.
— Ela é uma sofredora!
— Isso é mesmo!
Eu paralisei instantaneamente e fiquei olhando-o surpresa.
— Acha isso mesmo?
— Sim, eu acho— ele falava assentindo.
— E por quê?
— Pela história dela, claro!
— E porque queria mandá-la embora? Eu não entendi até agora!
Matteo