Durante o almoço eu estava visivelmente inquieta e Antonieta percebeu. Minha sorte, é que Matteo teve que se retirar da mesa por um momento e nos deixou à vontade.
— Morar com os pais dele?— ela também estranhou.
— É Antonieta, morar com eles, lá na Itália! Não os conheço, mas me arrepio só de pensar nisso! Não sei, aqui no Brasil nos casamos e vamos morar em casa separada dos nossos pais, porque temos que ficar debaixo do mesmo teto que eles?
Antonieta expressou preocupação, mas eu não parava de falar.
— Antonieta, e se eles perceberam que sou uma farsa?
Ela inclinou-se para mim subitamente.
— Não pode abaixar a cabeça para eles, ouviu? Tem que manter o patrão nas rédeas, ou a sua sogra te devora!
Eu suspirei impaciente.
— Aqui no Rio de Janeiro, também não posso ficar! Logo seria descoberta por eles!
Nem percebemos a presença de Nath, que nos ouvia incrédula. Quando Antonieta virou-se, ela se retirou nervosa.
— Confia nela, Antonieta?