Ele respirou fundo e ergueu os olhos, parecia desesperado.
— De alguma forma, acho que você tinha razão. Eu reconheço e a apoio.
Ele já conseguiu acender o meu botão de alerta, então ficou difícil para mim, ficar calma.
— Vou chamar essa vagabunda aqui! Ela vai ouvir de mim que está fora desta casa! Se ela abrir a boca para falar mais alguma asneira, vou colocá-la pra fora, sem piedade! Sem direito a fazer as malas! E eu não me importo que me chamem de agressiva!
Matteo se levantou e deu a volta na mesa, desesperado, porque eu segurava a barriga.
Aquele era um gesto automático, natural a qualquer gestante. A intenção era proteger o filho da maldade do mundo!
— Cinthia, por favor, controle-se! — Matteo suplicou me abraçando.
— Eu não quero me controlar, Matteo!— Comecei a gritar.
Do terraço, lá fora, dava para ouvir minha voz, não era possível entender bem o que eu dizia, mas deixou os três de antena ligada.
— Ouviu? Estão disc