Rebecca Chase tem apenas um ideal: descobrir o paradeiro de sua mãe desaparecida. Porém, em busca de pistas, acaba encontrando mais problemas do que respostas. Sozinha num país onde se sente uma forasteira, envolve-se no mundo do crime após adquirir uma dívida com um influente malfeitor. Uma esperança surge quando ela recebe uma última missão, que, sem que ela se dê conta, acaba colocando-a em rota de colisão com Dominic Heiler, o CEO da companhia farmacêutica mais importante dos Estados Unidos. O belo empresário, dividido entre o trabalho e a vida de celebridade, prepara-se para grandes mudanças: a Heiler Corporation lançará uma nova e revolucionária droga no mercado, cuja fórmula é desejada tanto pela concorrência quanto pelo submundo do tráfico. Depois que seus planos dão errado, Rebecca precisa improvisar, e o que era para ser apenas uma situação de vítima e bandido se transforma numa relação que mudará os dois mundos para sempre. Como conseguirá Rebecca ocultar um universo de mentiras e alcançar seu objetivo sem se deixar apaixonar por aquele que deveria ser o alvo de sua trama criminosa?
Leer másApesar de não se tratar de um romance do tipo dark, este livro aborda assuntos sensíveis, desde crimes, uso de drogas e violência física, até relacionamentos abusivos e tóxicos. Tais temas podem gerar desconforto em determinados leitores, portanto aconselho a leitura com cautela e mente aberta.
Caso vivencie ou conheça quem esteja passando por problemas parecidos com os aqui descritos, não pense duas vezes antes de entrar em contato com a autoridade ou pessoa capacitada para lidar com a situação.
Proteja-se e proteja os seus, juntos faremos do mundo um lugar melhor.
Com todo amor e carinho,
Desejando que estejam bem,
Carla Santi.
A cada etapa do processo, permanecer fiel às suas novas convicções se mostrou mais desafiador. Mas Dominic esteve lá por ela. Na sala de visitações, após a primeira noite em que ela dormiu em sua cela — que dividia com mais duas presidiárias e que não cheirava nada bem. Esteve lá em cada um dos seus aniversários, e em cada uma de suas vésperas de Natal.Esteve também quando Rebecca recebeu a notícia, por meio de um recorte de jornal, sobre a briga de facção que assolou o The Goldfather. Ao que tudo indicava, uma das gangues mais perigosas que Winterfelt já havia visto retaliou uma quadrilha menor, porém não menos temível, pelo ataque a alguns de seus membros. A coisa toda foi um tanto desinteressante e óbvia, embora sangrenta. Carros cheios de gângsteres estacionaram diante do antiquário. Em meio aos disparos, o
Os primeiros raios de sol penetravam as nuvens altas. Rebecca olhou para cima, enquanto segurava o próprio corpo. Estava anestesiada.Dominic finalmente desligou o celular dela, tirando-o do ouvido.— A ambulância está a caminho — disse ele.— E a polícia?Ele fez movimento positivo.— Também.Rebecca abriu um sorriso como resposta, que evanesceu quase instantaneamente.— Que bom.Haviam atado os braços e pernas de Aleksander usando os pedaços de corda, dessa vez aplicando-lhes um nó de verdade.Ao mesmo tempo em que um peso havia sido tirado das costas dela, outro se tornava impossível de ser suportado.— Rebecca. — Dominic se aproximou, receoso, e passou os braços em torno dos ombros dela, ignorando o sangue que manchava suas roupas. — Você tem que ir embora, se esconder.Sua express&
As lembranças mais antigas que Rebecca ainda guardava de sua mãe tinham teor agridoce. Quando ela ficava gripada, Ângela massageava seu peito com pomada mentolada enquanto segurava a máscara de um aparelho de nebulização contra o rosto da filha. Era uma das memórias mais felizes de sua infância. Ao mesmo tempo, porém, lembrava-se de perguntar ao pai o porquê de sua mãe não comparecer às comemorações do Dia das Mães na escola e a razão por que passava tanto tempo fora de casa, a ponto de Rebecca vê-la apenas pela manhã e nos fins de semana. Era uma mulher muito ocupada, como ela viera a compreender mais tarde.Claro que vivera a maior parte da infância desejando ter com ela o mesmo tempo de qualidade que costumava ter com o pai. Todavia, já na adolescência, viera a descobrir que, num mundo de órfãos e de negligê
Não esperaram estiar.Rebecca vestia o paletó de Dominic a fim de se manter aquecida.A ideia de contatar o investigador da família foi dela, mas a maior parte da estratégia que adotariam foi traçada por Dominic.Cansados por caminharem a pé, aproximaram-se da casa de três andares na área suburbana da cidade. Após tocarem a campainha, uma das luzes no segundo andar se acendeu. Minutos depois, alguém pôs o rosto no olho mágico. Santiago, então, abriu a porta, amarrando as alças do roupão na cintura e assumindo um semblante atordoado.Dominic foi rápido em explicar a situação, ao que o investigador respondeu:— Tenho feito o melhor que posso para encontrá-la, mas ainda não tenho nenhuma novidade.— Não é verdade — contra-argumentou Dominic. Ofereceu pagar o triplo por um servi
Após passarem num caixa eletrônico, partiram para um hotel de beira de estrada. Rebecca pensara na possibilidade de, em vez disso, abrigarem-se na casa abandonada onde se escondera horas atrás, mas ambos precisavam de um banho. Enquanto cruzavam o estacionamento na companhia do dono do estabelecimento — que Dominic pagara a mais, em espécie, para que não fizesse perguntas —, ela perscrutou o lugar com atenção, memorizando a disposição dos quartos e engendrando uma maneira de fugirem às pressas caso fosse necessário.Foi a primeira a entrar no chuveiro. Não se preocupou com a péssima pressão da água nem com o fato de que o único sabonete à disposição era de glicerina. Diante do espelho, estudou o nariz e concluiu que o osso não chegara a se partir; estava um pouco inchado, um hematoma se formando, mas já não sangra
Dominic foi escoltado para fora do recinto pelos seguranças, e os demais, visivelmente aterrorizados, seguiram-no em meio ao burburinho que se instalava. Wilford finalmente deixou a pompa de lado. Prose — que, de súbito, perdera o interesse em se atracar com Rebecca — tapava o rosto com as mãos, e Wright mantinha sua costumeira pasta de couro firme diante do peito.Um dos guardas tomou a dianteira.— Há uma movimentação no jardim — informou, como se todos já não houvessem ouvido. Focado em Dominic, completou: — Nossos homens cuidarão disso. Uma equipe o levará em segurança até o subsolo. Espere aqui.Mas Dominic já se enveredava pelo corredor.— Preciso buscar meu filho!— Deixe que nos encarreguemos disso — repetiu, mas para ouvidos surdos. Notando que não conseguiria manter o homem que devia proteger pa
Último capítulo