Cecília congelou por um momento. Sua mente processava lentamente as palavras de Fellipo, e cada sílaba parecia um golpe em seu coração.
— O quê? — sua voz saiu em um sussurro, quase sem ar.
Fellipo manteve o olhar firme, apesar da dor evidente em seus olhos.
— Eu vou cuidar de você e do nosso filho, dar tudo do bom e do melhor. Vocês vão ter segurança, conforto, tudo o que precisarem. Eu vou me casar com você, porque isso é o certo e nosso filho não será um bastardo, mas… — Ele respirou fundo. — Nós não vamos morar juntos.
Cecília se afastou dele, sentindo um nó na garganta.
— Você está me dizendo que quer me transformar na sua esposa… mas sem ser sua esposa de verdade?
Fellipo passou a mão pelo cabelo, angustiado.
— Eu só quero proteger vocês. Eu… eu não posso estar perto de você o tempo todo, Cecília.
— Não pode ou não quer? — ela o cortou, seus olhos queimando de frustração e tristeza.
— Eu não posso correr o risco de te machucar — ele disse entre dentes. — Você não entende? Eu pas