Depois que a festa acabou e a mansão foi ficando silenciosa, cada rastro de alegria se dissipando com o cair da noite, Fellipo se viu parado no jardim, olhando para os balões que ainda balançavam no vento. Os funcionários recolhiam as mesas, Fernando ajudava Leonardo a levar os últimos presentes para dentro, e Cecília... Cecília subiu para o quarto sem sequer olhar para ele.
Ele ficou ali por um tempo, a brisa bagunçando seus cabelos, o cheiro doce dos doces ainda no ar. Os dedos apertavam o copo vazio com tanta força que o plástico rangia, mas ele não se importava. Sentia-se oco, como se toda a energia tivesse sido sugada ao vê-la rir com todos, menos com ele.
Depois de um tempo, Fernando se aproximou, limpando as mãos com um pano.
— Tá se martirizando aí por quê? — perguntou, com aquele jeito direto de sempre. — Achou que ela ia te perdoar só porque você tá indo na terapia?
Fellipo riu, um som seco e sem humor.
— Nem sei se eu quero que ela me perdoe.
Fernando franziu a testa, confus