Estava irritado. Frustrado. E, pior do que tudo, perdido.
Eu nunca me permiti esse tipo de vulnerabilidade. Sempre tive o controle de tudo, sempre soube o que fazer. Mas agora… agora eu me via refém de algo que nem conseguia explicar.
Savannah.
Ela estava na minha cabeça, no meu maldito sistema, e por mais que eu tentasse afastá-la, mais forte a presença dela se tornava. Eu precisava de um tempo. De um respiro. E, felizmente, uma viagem a negócios surgiu como a desculpa perfeita.
Sentei no bar de sempre com Eric, observando o gelo girar dentro do meu copo antes de tomar um gole.
— Você tá um pé no saco ultimamente — ele comentou, analisando meu semblante.
— Obrigado pela observação — murmurei.
Ele riu, balançando a cabeça.
— Vai me dizer que não tem nada a ver com a sua obsessão recém-descoberta por Savannah?
Lancei um olhar afiado para ele, mas não neguei. Porque negar seria inútil.
— Eu vou viajar — disse, mudando de assunto. — Negócios.
— Quando?
— Amanhã.