Eu sabia que Savannah faria perguntas. Ela sempre fazia.
Enquanto caminhava pelo galpão, analisando cada detalhe, eu percebia que sua mente trabalhava a mil por hora, processando tudo o que via. Seus olhos dançavam entre os monitores, os relatórios sobre as mesas, as conversas entre os funcionários.
— Como você manteve isso em segredo? — ela perguntou, sem tirar os olhos de um gráfico detalhado na tela à sua frente.
— Não foi fácil — admiti, parando ao lado dela. — Mas meu pai não presta atenção nos detalhes do que fazemos fora da sede. Ele confia que eu sei o que estou fazendo, então nunca questionou.
Ela virou o rosto para me encarar, os lábios pressionados em uma linha fina.
— E você sabe o que está fazendo?
Soltei um riso baixo.
— Nunca soube tanto.
Ela não sorriu.
— Isso ainda não me explica tudo. Por que esconder? Por que não apresentar esse projeto diretamente para ele?
Cruzei os braços e suspirei, escolhendo as palavras com cuidado.
— Porque não se trata