- Tio, tia, que tal irmos buscar o Rufino primeiro e levá-lo ao hospital para se desculpar com a vítima? – Disse Clara.
Lorena assentiu, concordando rapidamente:
- Sim, sim, vamos fazer isso imediatamente.
Eles se prepararam para sair de casa e perguntaram a Renata:
- Renata, você vai conosco?
Renata revirou os olhos e respondeu friamente:
- Eu não vou! Eu não tenho nada a ver com aquele idiota.
Lorena ficou com o semblante sombrio, mas não retrucou.
Clara, ouvindo a discussão, sentiu-se incomodada. Afinal, era um assunto familiar.
O casal chegou à delegacia e, antes mesmo de entrar, ouviram Rufino chorando e reclamando lá dentro.
O coração de Lorena se apertou e, ao entrarem no saguão, viram Rufino com o rosto machucado e inchado, resultado da surra que levou dos agressores a caminho da delegacia. Era difícil reconhecê-lo.
- Rufino, está doendo? - Disse Lorena, aproximando-se rapidamente e segurando a mão dele.
Rufino continuava com seu ar derrotado, chorando desesperadamente: