Julieta
Não conseguia parar de me sentir como uma mãe insuficiente. Meus pais, sempre dispostos a ajudar, estavam em casa cuidando de Maxime enquanto eu tentava lidar com tudo que acontecia ao redor de Maximiliano. Mas apesar do apoio deles, a culpa continuava me corroendo.
— Querida, não se preocupe — me disse Tomás, com seu tom tranquilizador de sempre. Ele era minha rocha, meu confidente, mas nem suas palavras conseguiam acalmar minha ansiedade desta vez.
— Estou preocupada, Tomás... — murmurei enquanto passava as mãos pelo cabelo— . Ele ainda não terminou seu tratamento, e agora o mandam para uma prisão de segurança máxima. Como vou administrar tudo isso?
— Um dia de cada vez, Juliette. Apenas um dia de cada vez — me respondeu com um leve sorriso, mas seus olhos refletiam a preocupação que tentava esconder.
Meus pais eram meu refúgio no meio da tempestade. Minha mãe, com sua voz doce e serena, se aproximou e pegou minhas mãos.
— Filha, você precisa respirar fundo e comer algu