Isabel

Caminhava de um lado para outro nervosa.

— Você não entende, tenho que ir ver Julieta. Aquela louca da ex do Maximiliano... — Não consegui terminar a frase. Callum me deteve, segurando meus braços com suavidade.

— Não sei quem é essa tal ex — disse com calma— , mas você não pode sair daqui, querida.

Sua mão deslizou até minhas bochechas, acariciando-as com uma ternura que deveria ter me tranquilizado, mas minha preocupação por Julieta era mais forte. Continuávamos trancados no apartamento, acompanhando cada notícia que aparecia na televisão sobre os acontecimentos recentes.

— Callum, temos que fazer alguma coisa. E se ela está ferida? E se precisa da nossa ajuda? — Minha voz tremeu pela ansiedade.

— Isa — disse firmemente, com aquele tom calmo que sempre conseguia me acalmar— , se estão no hospital, estarão ocupados. Não podemos fazer nada além de esperar. Vamos dar um tempo, está bem? Depois ligamos.

Sua lógica era irrefutável, mas meu coração não parava de bater forte.