Maximiliano avançou com passos calculados em direção a Liliane, mantendo a calma enquanto seus olhos se fixavam na pequena figura que descansava a seus pés, envolvida numa manta desgastada. Maxime, sua filha, estava encolhida, tremendo de frio. Suas bochechas estavam coradas, seu nariz escorria e seus lábios tinham um tom azulado que lhe causou um nó no estômago.
— Sei que antes não te amava — disse Max, seu tom cheio de um falso arrependimento que havia praticado para este momento —, mas podemos resolver isso. Podemos ser uma família.
Liliane levantou a vista, seus olhos cheios de uma mistura de desconfiança e esperança. Duvidava, mas a necessidade de acreditar nele era mais forte que seu orgulho.
— Você me promete? — perguntou, sua voz se quebrando.
Maximiliano assentiu suavemente, tentando ocultar o desprezo que sentia por ela naquele momento.
— Claro que sim, confie em mim — respondeu com voz reconfortante, enquanto seu olhar deslizava para a pequena Maxime. A menina estava in