A escuridão começou a ceder, como se o véu de um sonho profundo deslizasse lentamente. Callum tentou mover os dedos primeiro, depois os braços, mas uma pontada de dor o obrigou a parar. Abriu os olhos com dificuldade, apenas para encontrar sua visão turva. Instintivamente, levou uma mão trêmula ao rosto, apalpando a grossa atadura que cobria parte dele. Sua respiração se acelerou.
— O que... o que está acontecendo? — murmurou com voz rouca, mal audível. Sua garganta estava seca, como se não tivesse falado há dias.
— Callum, querido! — exclamou uma voz feminina de seu lado esquerdo.
Era calorosa, quase melosa, mas algo em seu tom não se encaixava. Callum semicerrou os olhos, tentando focar na mulher que se inclinava em direção a ele. As lágrimas brilhavam em seus olhos, mas ele não conseguia vê-la bem e estava prestes a entrar em pânico, não sabia o que estava acontecendo completamente. Sua mente, ainda desorientada, tentava conectar as peças de um quebra-cabeça incompleto.
— Q