Julieta chegou em casa com uma sensação de inquietação que não conseguia ignorar. Era bom que Nicoll estivesse com Maxime no parque e assim pudesse fazer essa ligação. Mal deixou sua bolsa no sofá, pegou o telefone e discou o número de Maximiliano. Ele atendeu no segundo toque.
— Julieta? — Sua voz era firme, mas com um tom de preocupação— A Maxime está bem?
— Sim, ela está perfeita como sempre. Max... você pode vir à minha casa? Preciso falar com você — murmurou.
Houve um breve silêncio do outro lado da linha, seguido de um suspiro.
— Claro, estarei aí em uma hora — levantou-se da cama apesar de seu mal-estar.
Como sempre, Maximiliano chegou pontual. Vestia um terno escuro que realçava sua presença imponente. Quando Julieta abriu a porta, ele a observou atentamente.
— Você está nervosa — disse instantaneamente, cruzando os braços. Seu olhar penetrante não lhe dava escapatória— . Vá direto ao ponto, Julieta. Pressinto que não vou gostar. E você está me deixando nervoso.
Julieta