A fumaça se espalhou rapidamente, nublando sua visão e abafando o som. Julieta estava presa sob o peso de Sebastián, que permanecia inconsciente em cima dela. Tentou se mexer, mas seu corpo não respondia, e sua respiração estava cada vez mais difícil.
Seus pensamentos começaram a desvanecer, levando-a a uma lembrança vívida: sua pequena filha, Maxime, com seu cabelo loiro e seus grandes olhos cheios de inocência. "É isso que vou ver por último?" pensou, enquanto o mundo se afundava num silêncio absoluto e avassalador.
A consciência ia e vinha, como ondas batendo numa pedra, levando todo rastro de estabilidade. Julieta não entendia o que estava acontecendo, e as luzes e as vozes gritadas intermitentes ao seu redor a atordoavam mais do que ajudavam. Mas, novamente, a escuridão a envolveu em seu abraço, levando-a a um lugar sem tempo nem sentido.
Quando finalmente acordou, uma calma inquietante a recebeu. Um quarto branco, silencioso, e o apito rítmico de uma máquina próxima a fizeram