O vestido vermelho abraçava cada curva de Julieta como uma segunda pele, parando justo em seus joelhos, realçando sua figura com uma elegância perigosa. Esta noite ela estava deslumbrante, mas além de sua beleza, o que chamava atenção era a determinação que ardia em seu olhar.
Marcelo a observou com a testa franzida, cruzando os braços. Já a considerava família depois de tudo que haviam passado, e não conseguia evitar se preocupar.
—Tem certeza de que pode fazer isso? —perguntou com cautela—. Não é necessário que o veja.
Julieta ergueu o queixo, firme.
—Estou bem. E claro que quero estar aqui quando pegarem esse rato de esgoto.
Marcelo deixou escapar uma risada baixa e resignada.
—Tá bom, tá bom... —sussurrou, mas sua expressão continuava séria—. Mas não desça até que o tenhamos. Não quero que corra riscos desnecessários.
Julieta assentiu, mas seus olhos brilhavam com uma mistura de adrenalina e satisfação antecipada.
Antes de se afastar, Marcelo deslizou uma arma em sua mão.