A manhã nasceu envolta por um céu pálido e cinzento. A floresta, normalmente viva com os sons dos pássaros e o sussurrar do vento, parecia segurar a respiração, como se até a natureza pressentisse a aproximação de algo sombrio. Havia uma tensão no ar — densa, silenciosa.
Brianna estava sentada no velho salão da casa dos Silver, com um tomo antigo repousando sobre o colo. Seus dedos deslizavam pelas páginas gastas, absorvendo fragmentos da sabedoria de Elyra, sua ancestral. Mas seus pensamentos vagavam, presos nas visões perturbadoras da noite anterior. Imagens que pareciam memórias ancestrais — ou premonições — ainda dançavam em sua mente como sombras persistentes.
Entre essas imagens, havia uma que a incomodava mais que todas. Um rosto desconhecido. Uma jovem de cabelos escuros como a meia-noite, pele alva e olhos verde-âmbar que pareciam atravessar o tempo. E em sua mão, um colar — idêntico ao medalhão que agora pendia sobre o peito de Brianna.
— Peter… — murmurou ela, virando-se co