Felícia subiu atrás do marido. Já no quarto, ela sentou acuada na cama e sem segurar o choro sussurrou:
“Eu sinto muito!”
“Você só está colhendo o que plantou, isso tudo é resultado das suas escolhas inconsequentes. Agiu deliberadamente e a vida está te cobrando por isso. Vou conversar novamente com Catarina e pedir que ela não te perturbe mais com esse assunto. Agora vá tomar um banho e desça para almoçar.”
Depois do banho, Felícia desceu chateada. Todos já estavam na mesa e ela sentou ao lado do marido. Sentia-se fuzilada pelos olhares das cunhadas, da sogra e até dos empregados.
Nos dias que se seguiram, ela sentiu a rejeição de todos da família, as cunhadas mal falavam com ela. Sempre passeavam a cavalo, viajavam para capital e até traziam amigas para fazenda sem dar ousadia para Felícia.
Raul passava a semana na capital a negócios e quando voltava na sexta-feira não lhe dava atenção. Com isso, ela se sentia infeliz e desprezada.
Felícia estava cansada da vida que vinha