Em uma tarde, depois de o médico sair para comprar alguns itens para os remédios prescritos, Deirdre foi deixada sozinha na mansão. Como estava entediada de ficar no quarto, tateou até o andar de baixo. Assim que chegou à sala, ouviu barulho do lado de fora e presumiu que doutor Ginger havia voltado. Então, ouviu o som de saltos altos estalando nos ladrilhos, aproximando-se dela.
Charlene apareceu na porta, com arrogância, e mesmo com a distância que as separava Deirdre pôde sentir seu ódio. Mas, não achou o acontecimento surpreendente. Na verdade, ela pensou que Charlene tinha até demorado para aparecer ali.
A jovem cega ignorou a impostora e recostou-se no sofá. Mas, Charlene zombou ao sentir o cheiro pungente no ar:
― Por que essa casa cheira tanto a remédio? Deirdre, você está morrendo? ―
Não havia mais ninguém escutando a conversa, então Charlene falou em seu tom áspero e verdadeiro.
Deirdre respondeu com indiferença:
― Sinto muito por desapontá-la. Mas, não vou morr