Deirdre devolveu o telefone à enfermeira, que perguntou:
― Ele não atendeu? ―
― Não. ― Deirdre sorriu para ela. ― Ele provavelmente está muito ocupado ou não atende ligações de estranhos. Está tudo bem. Vou esperar ele vir. ―
― Ah, que pena... ― A enfermeira pegou o telefone de volta, hesitou por um momento e depois disse: ― Bem, descanse bem. ―
― Obrigada. ―
Deirdre assentiu e se recostou na cama. Os motivos que levaram Brendan a recusar a chamada pesavam em sua mente, dificultando o sono. Mesmo assim, sem outra alternativa, Deirdre esperou, enquanto convalescia, o que, surpreendentemente, não foi chato. A enfermeira costumava aparecer e apresentar novelas, o que ajudava a aliviar seu tédio.
― Você deve estar entediada de ficar sozinha nesse quarto ― comentou a enfermeira.
― Costumava ser chato, mas com o tempo aprendi a passar o tempo sozinha. Mesmo sem enxergar direito, desenvolvi maneiras de me consolar e relaxar diante das dificuldades ― respondeu Deirdre com um sorriso.
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