Jimena chegou ao hospital e, ao entrar no quarto, encontrou Courney com o olhar perdido e em lágrimas. Ela se aproximou e a abraçou com força.
— Eu sei que é difícil, mas estou aqui para te apoiar.
Courney estava com olheiras profundas, não tinha dormido nada, cada vez que fechava os olhos, o pesadelo se repetia como um vídeo que se reproduz sozinho.
— Obrigada, Senhora Jimena — uma voz fraca saiu com esforço de sua garganta.
— Só Jimena, querida. A médica me informou que em três dias você terá alta. Quero propor que você venha comigo para um lar de crianças sem lar. Eu sou a diretora. Essas crianças podem te ajudar a lidar com a sua dor, a menos que você tenha outro lugar para onde ir.
— Lá eu vou ser um estorvo para você. Eu não sou nada agora. Não sei o que fazer com o que sobrou de mim — ela não tinha parado de chorar desde que foi agredida. Seu coração estava em pedaços de dor, seu corpo ainda mostrava sinais de sua desgraça.
— Não diga isso! Você é uma menina forte e vai superar