Sinais Invisíveis
Francine percebeu antes mesmo que Caleb admitisse. Ele estava distante. Nos primeiros dias, atribuiu à sobrecarga no hospital, mas com o tempo, notou as mudanças sutis:
O modo como ele evitava seu toque, como suas respostas tornaram-se mais frias, mais calculadas. Ele não era mais o homem que confiava nela de olhos fechados. E aquilo a deixava em alerta.
Naquela manhã de sábado, ela preparou o café com carinho excessivo. Lucas, empoleirado na cadeira da cozinha, desenhava distraído com seus lápis de cor. Francine se aproximou e puxou a folha de papel com um gesto rápido demais.
— Que bagunça, Lucas. Você não sabe desenhar um sol decente? Disse, tentando manter um sorriso.
Lucas olhou para ela com os olhos arregalados. Guardou os lápis e desceu da cadeira em silêncio. Francine tentou chamá-lo, mas ele saiu pela porta, rumo ao quintal.
Ela suspirou, irritada. Sentia-se pressionada por uma sensação de perda iminente. O filho de Caleb não era dela, ela apenas supo