Eloise voltou imediatamente às gravações da série. Não havia tempo para descanso, e, de certa forma, ela mesma não queria isso. O trabalho era a única forma de manter a mente ocupada, de não permitir que os problemas recentes ocupassem espaço demais dentro dela. Ainda que estivesse cansada, ainda que a ferida emocional latejasse, o set de filmagens oferecia algo que parecia próximo de uma rotina e ela nunca pensava em sua própria vida quando estava dentro dele.
Quando pisou no estúdio, no primeiro dia de retorno, todos pararam por alguns segundos. Olhares preocupados a seguiram como se fosse uma figura frágil prestes a quebrar. Diretores, maquiadores, colegas de elenco… todos tinham a mesma pergunta estampada nos rostos: Você está bem?
Eloise, porém, não ofereceu respostas detalhadas, afinal era difícil explicar que o seu próprio pai havia ordenado o sequestro.
— Está tudo bem agora. — disse, com um sorriso polido.
As pessoas não insistiram, mas a atmosfera não mentia. O desaparecimen