DOIS MESES DEPOIS
O quarto estava escuro, mas o barulho insistente do celular fez Eduardo se erguer na cama com os olhos apertados. O visor aceso revelava o nome de Amanda. Ele imediatamente sentiu um frio percorrer a espinha.
— Alô? — a voz saiu grave e ainda rouca de sono.
— Oi. É o Noah.
Eduardo se sentou na cama, despertando por completo ao ouvir a voz do menino.
— Aconteceu alguma coisa?
— A mamãe não tá muito bem. Tá deitada faz tempo, com cara de que vai desmaiar. Mas ela disse que não quer ambulância nem nada. Você pode vir levar ela no hospital?
Eduardo nem pensou.
— Estou indo agora.
Ao desligar, já se levantava, pegando uma calça jeans e uma camiseta jogadas na poltrona do quarto. Jinx, que dormia ao seu lado, abriu os olhos com um murmúrio sonolento.
— Aconteceu alguma coisa?
— É a Amanda. Noah me ligou e disse que ela não está bem. Vou levá-la ao hospital.
Jinx sentou-se, já estendendo a mão para acender o abajur.
— Eu vou com você.
— Tem certeza? Você mal chegou de viag