Adrian Evans já havia levado golpes antes, na tela e fora dela. Ele suportara dublês extenuantes, rejeições brutais de Hollywood e o escrutínio público que destruiria homens inferiores. Mas, parado nos destroços de sua casa, observando a raiva fria e inabalável no rosto de Savannah, ele percebeu algo aterrorizante.
Ele nunca tinha levado um golpe de verdade até agora.
Seu coração batia forte contra as costelas enquanto tentava regular a respiração. Sua bolsa de ginástica escorregou de suas mãos, esquecida, enquanto ele assimilava o desastre que ela havia criado. Vidros estilhaçados, fotos rasgadas, seu próprio prêmio cravado na parede de gesso como uma espécie de tiro de advertência.
Savannah não estava blefando.
E isso o assustou muito.
Ele passou a mão pelos cabelos úmidos, ainda desgrenhados da academia, e a encarou. Adrian sabia que tinha o tipo de rosto que Hollywood devorava, queixo forte, olhos azuis penetrantes, um visual tipicamente americano que fazia os diretores de el