ALEXANDER HAMPTON
Voltei para o apartamento algumas horas depois. O sol já estava se pondo, tingindo o céu de laranja e roxo, cores que geralmente eu amava, mas hoje pareciam hematomas.
Fui direto para o quarto. Eu só queria tirar os sapatos, deitar e apagar até segunda-feira.
Abri a porta.
Lizzy estava lá.
Ela estava deitada na minha cama, de lado, abraçada a um dos meus travesseiros. Ela ainda usava a roupa que tinha ido ver Damian, mas os sapatos estavam no chão.
Quando me viu entrar, ela se sentou rapidamente, os olhos arregalados e vermelhos. Ela tinha chorado?
— Alex... — ela começou. — Nós deveríamos conversar.
Não respondi imediatamente. Sentei-me na borda da cama, de costas para ela, e comecei a tirar meus tênis. O cansaço físico e emocional pesavam toneladas.
— Estou ouvindo — disse, tirando o primeiro tênis e deixando-o cair no chão.
— Eu sinto muito. — ela disse. As palavras seguintes saíram rápidas e atropeladas. — Eu sinto muito mesmo. Eu não sabia qu