ALEXANDER HAMPTON
— ...um idoso como você.
Pisquei.
Idoso? Eu tinha trinta e poucos anos.
— Idoso? — repeti, sentindo um riso seco subir pela garganta.
— É. Você deve ter o quê? Quarenta? Quarenta e cinco? Já cheira a aposentadoria e crise de meia-idade. — Ele sorriu, achando que tinha tocado em uma ferida. — Lizzy gosta de energia, cara. De juventude. De alguém que consiga acompanhar o ritmo dela, não de alguém que precise dormir às dez da noite.
Respirei fundo, controlando a vontade de remodelar o nariz dele imediatamente.
— Sinto muito se o "idoso" aqui foi quem a conquistou — respondi, mantendo as mãos nos bolsos por enquanto. — Mas você não deveria ser invejoso, Julian. Isso é muito feio. Principalmente para homens. A Lizzy cresceu. Ela virou uma mulher. E mulheres de verdade preferem homens, não moleques que acham que o mundo lhes deve algo.
A expressão de Julian escureceu. A provocação tinha atingido o alvo.
— Você acha que é homem? — ele cuspiu no chão, perto do meu tênis. — V