ALEXANDER HAMPTON
Era um sábado à noite em Nova York.
Eu tinha sugerido algo civilizado para o encontro entre Lizzy e Leah. Um jantar no meu apartamento, onde eu poderia controlar a música e o fluxo de vinho. Ou talvez um restaurante italiano tranquilo no West Village.
Fui voto vencido. Massacrado, na verdade.
Leah queria dançar. Lizzy, surpreendentemente, apoiou a ideia com entusiasmo, dizendo que precisava "extravasar a semana". O resultado? Estávamos na fila VIP de uma boate no Meatpacking District chamada Velvet, que, segundo Leah, era "o lugar" para estar.
Pelo menos, consegui negociar uma mesa. Reservei um dos camarotes com sofás de veludo, - suponho que é daí que vem o nome do lugar - longe da pista de dança principal, onde a música era ligeiramente menos ensurdecedora.
Entramos. O lugar era escuro, iluminado por flashes estroboscópicos roxos e dourados. O baixo da música eletrônica batia no meu peito como um segundo coração.
— É bem alto! — gritei para Lizzy, que caminhava ao