ALEXANDER HAMPTON
O som do pneu do táxi cantando ao se afastar da calçada foi o que finalmente me tirou do transe. Fiquei ali, parado, no meio da calçada movimentada de São Francisco, sentindo-me como se tivesse sido atingido por um raio de alta voltagem.
Eu pisquei. O porteiro do "The Clift" estava me observando com um sorriso divertido.
"Lizzy."
Eu nem sabia o nome completo dela. Ela parecia um... desastre. Um desastre lindo e inacreditavelmente ousado. Ela não apenas me atropelou, me inspecionou como se eu fosse um item em promoção e, em seguida, me convidou para sair. E eu, um homem adulto de trinta e quatro anos, fiquei ali parado, enquanto ela ditava o que faríamos.
"Às 17 da tarde, Alexander. Tente não se atrasar."
Um sorriso incrédulo brotou em meus lábios. Eu balancei a cabeça, uma risada curta e perplexa escapando de mim. Ela era inacreditável.
Passei pelo porteiro, que me deu um aceno cúmplice.
— Tenha um bom dia, senhor.
— Você também. — murmurei, ainda meio atordoado.
O l