ALEXANDER HAMPTON
Quatro da manhã. Escuridão absoluta. Frio que cortava através de três camadas de roupa térmica.
— Vamos, Alex! — A voz de Lizzy chamou na escuridão, a luz da lanterna de cabeça dela dançando na neblina. — O portão abre em dez minutos. Temos que ser os primeiros. Queremos o nascer do sol, lembra?
— Eu lembro. — Ajustei a mochila, sentindo o peso familiar nos ombros doloridos. — Estou logo atrás de você, general.
O portão de Wiñay Wayna se abriu. Foi como o tiro de largada de uma maratona.
Todos queriam chegar ao Inti Punku, a Porta do Sol, antes que os raios atingissem a cidadela sagrada. O caminho era estreito, beirando precipícios que, graças a Deus, a escuridão escondia. A lanterna de Lizzy era meu farol. Eu focava apenas nas botas dela, um passo após o outro, ignorando o ardor nos meus pulmões e a altitude que tentava esmagar meu peito.
— Casi lá! — Nosso guia, Raul, gritou, passando por nós com uma agilidade sobrenatural. — Monkey Steps! — "Degraus de