ALEXANDER HAMPTON
Começamos a andar novamente. O terreno agora era uma descida suave, o que deveria ser um alívio, mas minhas coxas tremiam tanto que cada passo exigia concentração total para não cair de cara na poeira de lhama.
O caminho estreitou. De um lado, a montanha. Do outro, um precipício que dava para o rio. E no meio do caminho, bloqueando a passagem como um segurança de boate peludo e mal-humorado, estava uma lhama.
Não era uma lhama simpática de cartão postal. Era uma lhama com atitude. Ela mastigava capim com desdém, parada exatamente no meio da trilha.
— Com licença. — Falei para o animal.
A lhama parou de mastigar. Virou o pescoço longo e me olhou nos olhos. Havia um julgamento profundo naquele olhar negro.
— Alex, cuidado. — Lizzy sussurrou atrás de mim. — Elas cospem.
— Ótimo. — Respirei fundo. — Era só o que faltava. Ser humilhado por um camelídeo.
Tentei dar um passo para a esquerda, para contorná-la. A lhama moveu a cabeça para a esquerda,