ELIZABETH WINTER
Paris amanheceu com uma luz cinzenta e elegante filtrando pelas cortinas pesadas do Plaza Athénée, o cheiro de café fresco chegando com o serviço de quarto e o peso reconfortante do braço de Alex sobre a minha cintura.
Acordamos tarde. Um luxo que não tínhamos há dias. Comemos croissants na cama, sujando os lençóis de alta contagem de fios com farelos amanteigados, e rimos disso.
— Qual era mesmo o plano de hoje? — Ele perguntou, terminando seu café.
— Louvre. — decretei. — Preciso ver a Vitória de Samotrácia. E depois, precisamos resolver um problema.
— Que problema?
— Nossas mochilas. — Apontei para os dois volumes de trekking no canto do quarto, que pareciam alienígenas no cenário rococó. — Elas estão cheias. E nós temos dois trajes cerimoniais vietnamitas volumosos de seda e um monte de lembranças.
Alex jogou a cabeça para trás no travesseiro.
— Você quer comprar uma mala. Achei que éramos mochileiros, Lizzy. Mochileiros não andam com malas de ro