ALEXANDER HAMPTON
Dizem que o amor cega. Eu discordo completamente. O amor não te deixa cego, mas ele te deixa estúpido.
Essa foi a única conclusão lógica a que cheguei enquanto estava parado na beira de uma plataforma de metal, a cinquenta metros de altura, com um elástico grosso amarrado nos meus tornozelos e o vento quente da Tailândia batendo no meu rosto.
Lá embaixo, um lago artificial verde-esmeralda parecia uma poça d'água vista de um microscópio.
— Você está pronto, Sr. Hampton? — O instrutor gritou em inglês, com um entusiasmo que eu considerei pessoalmente ofensivo dadas as circunstâncias.
Olhei para o lado. Lizzy já tinha saltado. Eu a vi cair gritando e rindo, um borrão de cabelos escuros e felicidade maníaca, e agora ela estava lá embaixo, em um barco de resgate, acenando para mim como uma formiguinha animada.
"Pule, amor! É incrível!" — Eu podia quase ouvir a voz dela, mesmo com a distância.
Respirei fundo.
Doze horas atrás, eu estava jurando amor eterno e