DAMIAN WINTER
Grávida.
A palavra atravessou a névoa satisfeita em minha mente como um tiro. Tudo desapareceu. A única coisa que existia era aquela única palavra e o sorriso trêmulo em seus lábios.
Meu cérebro, atordoado pelo sexo e pela exaustão, lutou para processar a informação. Parecia uma coisa impossível, maravilhosa e aterrorizante, tudo ao mesmo tempo.
— Você... — minha voz saiu como um arranhão rouco. — Você disse que está grávida?
Ela assentiu, o sorriso se alargando, os olhos brilhando com uma alegria pura que esperava uma resposta à altura. Mas minha mente estava em outro lugar, retrocedendo freneticamente, repassando os eventos das últimas horas. A forma como a joguei na cama, a brutalidade de nossas primeiras estocadas, a maneira como seu corpo se convulsionou sob o meu.
Um pânico frio e rastejante começou a subir pela minha espinha.
— Isso é... isso é terrível. — as palavras escaparam antes que eu pudesse contê-las.
Foi como apagar uma vela. O sorriso dela desapareceu. A