DAMIAN WINTER
A dor era como o chute de uma mula, sei disso porque levei o chute de uma na adolescência. Um impacto brutal que me roubou o fôlego e fez estrelas dançarem na minha visão. Caí de joelhos, o som do disparo reverberando em meus ouvidos, abafando os gritos dos policiais que invadiam a sala. Minha mão voou para o peito, um ato reflexo para conter uma ferida que, para a minha sorte do caralho, não estava lá. Meus dedos pressionaram o tecido da camisa, sentindo o colete por baixo e a deformidade dura e quente onde a bala havia se alojado.
"Obrigado, Elliot". O pensamento foi grato e aliviado. "Obrigado por ter insistido nessa merda".
Eu achei que ela não chegaria tão longe, mas psicopatas como ela não conheciam limites.
Enquanto a equipe tática dominava Célia, que oferecia uma resistência surpreendente para uma mulher de sua estatura, meus olhos permaneceram fixos nela. O sorriso satisfeito em seu rosto começou a vacilar quando ela me viu levantar a cabeça, sorri para ela com