Libertação
De repente seus olhos eram duas poças fundas
Que me sugaram para a mais profunda escuridão.
E na minha memória fraca
Ficaram apenas vestígios da tua presença.
Desses teus olhos negros, só guardo a dor
Do desamor e do esquecimento.
A tua face indiferente
Que refletiu todos os meus medos.
Os teus lábios pálidos e frios
Que não me aqueciam mais.
E as tuas mãos, como grilhões enferrujados,
Que sem vontade libertaram as minhas.
Agora, como um pássaro solto da gaiola,
Enfim minh’alma goza de emancipação tardia.
Assim que chego ao hotel de Ravi sinto minhas mãos suarem e a re