Cap.60
O cheiro de álcool e desinfectante foi o primeiro sinal. Não o mofo, não a umidade fria — mas a assepsia estéril de um hospital.
Katleia abriu os olhos lentamente. A luz era suave, filtrada pelas persianas.
O alívio foi físico, quase doloroso. Não era um cativeiro. Era a familiaridade fria de um leito médico.
Ela virou a cabeça e viu três figuras sentadas em cadeiras desconfortáveis, formando um semicírculo de vigília. Selene, pálida e com os olhos marejados, segurava um lenço amassado. Gildete, surpreendentemente quieta, tinha a testa franzida em preocupação profunda, a postura agressiva totalmente desfeita. E Mima, que normalmente irradiava desdém, estava com o queixo apoiado na mão, o olhar fixo no chão, parecendo genuinamente perturbada.
Katleia mal se moveu, e as três ergueram a cabeça ao mesmo tempo, como se estivessem ligadas por um único fio invisível.
— Kat! — Selene foi a primeira a se levantar, aproximando-se da cama. — Graças a Deus.
A mão de Katleia tremeu levemen