Cap. 22
Cap. 22
— Talvez — respondeu Axel, o tom misto de preocupação e alívio. — Mas não mexe nele. Nem pensa em acordá-lo. É a primeira vez em muito tempo que ele dorme assim.
O trajeto seguiu tranquilo. Axel reduziu a velocidade, tomando cuidado nas curvas. Quando chegaram à rua de Selene, ele estacionou devagar.
— Vai pra casa — disse, abrindo a porta para ela.
Selene hesitou, olhando Adon dormindo.
— Ele… vai ficar bem?
— Melhor do que nunca — respondeu Axel. — Apenas saia e vá, já está entregue em segurança.
Ela assentiu, desceu e entrou em casa em silêncio.
Assim que a porta se fechou, Axel olhou de novo para o irmão. Adon não se mexera um centímetro. Respirava pesado, profundo — o corpo, finalmente, em descanso.
Selene mal teve tempo de respirar quando chegou em casa. Assim que abriu a porta, percebeu o silêncio incômodo que pairava na pequena sala. Três pares de olhos se voltaram para ela quase ao mesmo tempo.
No sofá, Gildete — uma das meninas mais velhas que havia se mudado com ela