Sophie Montenegro.
A noite se arrastava mais devagar do que o normal, e a lanchonete estava um caos. Eu estava exausta, com as mãos sujas de gordura e o cheiro de fritura impregnado na roupa, mas não era hora de pensar nisso. O movimento estava insano. Tyler e Liza estavam na cozinha, como se estivessem em uma maratona, soltando pedidos a todo momento, enquanto Janne e eu tentávamos dar conta do resto. Cada mesa parecia um novo campo de batalha. Entre as risadas forçadas e as expressões cansadas, eu tentava me manter em pé, distribuindo pedidos e respondendo perguntas que nem os próprios clientes sabiam responder.
O som da cineta na porta cortou o barulho constante, anunciando a chegada de mais um cliente. Eu não dei muita atenção no começo. Janne já estava indo atender e, na minha cabeça, era só mais um rosto na multidão. Eu estava lidando com um casal de clientes na mesa da frente, os dois discutindo sem parar, sem sequer olhar para o cardápio. Eles se importavam mais em gritar um