Capítulo 30
Geraldo chegou em casa com o rosto fechado. Jogou as chaves sobre a mesa e só então notou a presença no sofá da sala. Seus olhos se estreitaram ao reconhecer o homem sentado com calma, como se esperasse por ele há horas.
— Você? — rosnou. — Voltou pra eu terminar o serviço?
O ex-cunhado se levantou devagar, mantendo o olhar firme.
— Voltei pra pedir a mão da Beatriz em casamento.
— Só se for por cima do meu cadáver — respondeu Geraldo com os punhos cerrados, já se preparando para avançar.
— Acho melhor você se acalmar — advertiu o outro, com voz firme. — Da outra vez você me pegou desprevenido, me atacou por trás. Se vier de novo com essa postura, o desfecho vai ser bem diferente.
Geraldo hesitou. Havia algo no tom dele, na postura, que o fez recuar meio passo. O silêncio pairou por alguns segundos. Finalmente, ele respirou fundo e soltou:
— Tá... fala o que você veio dizer.
— Eu vim fazer as coisas do jeito certo. Quero me estabelecer aqui na cidade, estou atrás de um emp